terça-feira, 5 de abril de 2011

"AMOR E REVOLUÇÃO" – CAPÍTULO 1 (UMA ANÁLISE)


A novela “Amor e Revolução” do SBT teve sua estréia nesta terça dia 05 de abril e traz consigo um tema ainda polêmico nos dias atuais: Ditadura Militar. Durante a semana a emissora foi mostrando em sua grade de programações vários flashes de capítulos para despertar a curiosidade e fazer o marketing do negócio. Confesso que, para este historiador que vos fala a emissora conseguiu seu objetivo, não sei em relação à pontuação do IBOPE, e também nem me interessa.
O próprio assunto desperta o interesse, pois as únicas vozes ouvidas no período de repressão são a dos oprimidos, o autor da novela – Tiago Santiago – aponta as duas faces de uma mesma moeda, tanto de uma ala militar que aprova quanto outra que desaprova o golpe e, logicamente a população brasileira que, mais uma vez assiste atônita, inerte a cena reproduzida por uma camada social de nosso país.
Entretanto, cabe-nos falar dos conflitos ideológicos de ambas alas, tudo pela democracia brasileira, tudo pela paz nacional.
O que me impressiona é o retrato fidedigno de uma realidade que começa em 31 de março de 1964, uma realidade lenta e gradual que instala o Regime Militar e, posteriormente, o Regime Ditatorial no Brasil, marca que, diga-se de passagem foi ressuscitada em campanhas anteriores a saber a do ex-Presidente Lula e da Presidente Dilma Rouseff. Seria uma resposta a um período negro em nossa história? Isso ainda não sei e, sinceramente, acredito que demoraremos a saber, mas previamente comentando, acredito que sim.
Contudo, como dizia anteriormente, o retrato fiel que o autor da novela cria, abre o espaço para um retorno no tempo e, portanto uma melhor visibilidade do passado. Bem, o fato é que o SBT fez uma gama de reportagens, investigações e programas especiais em torno do assunto e acredito que o objetivo principal fosse a divulgação da novela, mas veio a informação.
O primeiro capítulo da novela revela algumas realidades em meio aos seus fictícios personagens. Os militares tomam o Brasil e as respostas são caladas aos tiros e torturas. Nos discursos dos personagens a dualidade de um novo regime, no seio das famílias, o medo, na sociedade uma dúvida. Assim foi o primeiro capítulo da novela. Meu pensamento: excelente, fidedigna, moderna, histórica e importante, embora que faltasse um calor de emoções em torno do fim do governo Jango.


“Não se consolida uma democracia com cadáveres e sepulcros”
Amelinha
(vítima da repressão)
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